Como ajudar crianças a prosperar diante das dificuldades do dia a dia? Existe uma habilidade que pode transformar reações cotidianas como frustração ou medo em aprendizado, autonomia e autoconfiança. Essa habilidade se constrói desde a primeira infância e é um dos maiores presentes que um adulto pode oferecer a quem está começando a descobrir o mundo: a resiliência.
Aqui, será apresentada uma visão prática, sensível e contextualizada sobre como pais, mães, educadores e toda a família podem apoiar o desenvolvimento da capacidade das crianças de superar adversidades, usando exemplos, dicas, recursos narrativos e, claro, enfatizando o poder da conexão. Dormir com Historinhas, por exemplo, acredita que histórias são instrumentos poderosos nessa missão.
Entendendo a resiliência nas crianças
Quando se fala sobre resiliência na infância, a imagem de uma criança que, após um tombo, levanta, chora um pouco, abre um sorriso e volta a brincar, pode parecer simples, mas é muito mais do que isso. Resiliência é a capacidade de lidar com situações difíceis, adaptar-se a mudanças e encontrar recursos internos para dar a volta por cima, mesmo quando tudo parece novo ou assustador.
As crianças também enfrentam tempestades.
No contexto do desenvolvimento infantil, ser resiliente é conseguir atravessar períodos de frustração, perdas e decepções, e transformá-los em crescimento emocional. É uma base para a autonomia, a saúde mental e relações saudáveis, agora e daqui para frente.
Por que começar cedo?
Segundo um estudo do Ministério da Saúde, cerca de 12% das crianças brasileiras até cinco anos apresentam suspeita de atraso no desenvolvimento, especialmente em famílias socialmente vulneráveis. Um dos fatores que ajudam a proteger contra dificuldades futuras está na força emocional ensinada desde cedo. A resiliência precisa ser “treinada” porque não se trata apenas de nascer com ela, mas de aprender, experimentar e fortalecer, como um músculo.
Situações comuns que exigem resiliência na infância
Para um adulto, pode parecer pequeno: um brinquedo quebrado, um amigo que não quis dividir, uma visita ao médico. Mas, para a mente infantil, cada desafio é inédito, gigante e recheado de emoções.
- Mudanças de rotina: O nascimento de um irmão, a troca de escola, separação dos pais ou uma mudança de casa provocam inseguranças que impulsionam sentimentos difíceis.
- Frustrações diárias: Perder um jogo, não conseguir um brinquedo ou não ser escolhido para brincar são exemplos clássicos.
- Desafios na escola: Notas baixas, dificuldades com colegas, adaptação escolar e expectativas dos adultos costumam ativar ansiedade e dúvidas sobre as próprias capacidades.
- Medos e angústias: Medo do escuro, de dormir sozinho, medo do desconhecido, normalmente abordados em historinhas de dormir, incluindo as do Dormir com Historinhas, representam momentos em que a criança precisa se reencontrar diante do nervosismo.

Essas experiências, que parecem triviais, são verdadeiros testes para a construção da capacidade de superar e se adaptar. Afinal, cada pequeno desafio vencido serve como “ensaio” para desafios maiores que a vida trará.
A importância do acolhimento emocional
A criança não nasce sabendo que sentimentos são passageiros. Para ela, a tristeza pode parecer infinita, a raiva incontrolável. Aqui, o papel do adulto, especialmente aquele que oferece acolhimento sensível, é de ajudar a nomear emoções, conter angústias e mostrar que desafios podem ser superados.
Dormir com Historinhas observa que, quando uma narrativa lida com um personagem que sente medo ou tristeza, a criança se identifica e encontra um espelho de suas próprias dificuldades. Este “saber sentir” é o ponto de partida para a verdadeira superação.
Acolher é o primeiro passo para fortalecer a coragem.
Como praticar a escuta ativa
- Demonstre interesse sincero pelo que a criança tem a dizer, olhos nos olhos, sem pressa nem julgamentos.
- Repita o que compreendeu, usando frases curtas: “Você ficou chateado porque seu brinquedo quebrou, não foi?”
- Permita que a criança nomeie seu próprio sentimento, ampliando o vocabulário emocional.
Oferecer empatia e tempo para sentir, sem suprimir ou diminuir as emoções, cria ambiente propício para a autoconfiança e para o enfrentamento dos pequenos e grandes “tropeços”.
Estratégias práticas para fortalecer a capacidade de superação
Como fazer para transformar momentos de dor ou dificuldade em oportunidades de crescimento? Algumas dicas e técnicas, testadas no cotidiano de milhares de famílias, têm grande efeito.
1. Valorize o esforço, não só o resultado
É comum adultos elogiarem as conquistas (“Que bonito seu desenho!” ou “Parabéns pela nota!”), mas um ponto fundamental para desenvolver resiliência é valorizar a tentativa, o caminho, e não apenas a chegada.
Tente de novo. Você está aprendendo.
- Reforce atitudes como persistência e coragem: “Você tentou sozinho, isso é incrível!”.
- Acolha os erros como parte natural do processo: “Todo mundo erra, e é assim que a gente aprende”.
2. Incentive a comunicação dos sentimentos
Muitas crianças não sabem, de início, dar nome ao que sentem. Algumas expressam emoções no corpo: dor de barriga de ansiedade, choro diante da frustração, ou até agitação de alegria.
- Traga livros, historinhas ou jogos que propõem identificar expressões (triste, bravo, com medo ou contente).
- Use perguntas abertas: “O que deixou você assim hoje?” ou “Onde dói quando você fica triste?”
- Normalize sentimentos difíceis, evitando frases do tipo “Não foi nada” ou “Você não precisa chorar”.
O acervo do Dormir com Historinhas, por exemplo, traz personagens que sentem exatamente como seus leitores, criando momentos de identificação e naturalizando as emoções.
3. Ensine técnicas simples de regulação emocional
A regulação emocional é aquela “bússola” que, aos poucos, a criança aprende a usar. Existem métodos lúdicos e efetivos:
- Respiração profunda: Convide a criança a respirar como se cheirasse uma flor e soprasse uma vela, tornando o exercício divertido e acessível.
- Desenho das emoções: Peça para ela desenhar como está se sentindo, liberando a expressão pelo lápis e papel.
- Movimento: Dançar, pular ou caminhar ao ar livre ajudam a liberar sentimentos “presos”.

O papel decisivo da família em ensinar superação
Nenhuma criança aprende resiliência sozinha. O entorno familiar é, segundo a cartilha Promovendo a Resiliência em Famílias, a principal fonte de segurança, inspiração e modelagem.
- Desenvolver laços afetivos sólidos cria uma base de confiança.
- Demonstrar calma diante de situações inesperadas (“O que posso fazer agora?”) modela resiliência prática.
- Apoiar, sem impedir de enfrentar, ensina a lidar com consequências e soluções.
O neurodesenvolvimento mostra que vínculos positivos com pais, avós ou cuidadores influenciam diretamente a resposta da criança diante de desafios, permitindo que ela se sinta capaz de tentar de novo.
Limites também são formas de cuidado
Frustração vem da vida. Seja por regras (“Agora é hora de dormir”) ou necessidades do grupo (“Hoje não pode ir ao parquinho”), limites ensinam que espera, negociação e adaptação vão acontecer. Pais e educadores não precisam temer dizer “não”, mas mostrar-se disponíveis para dialogar sobre o motivo.
Limites amorosos mostram que há segurança para experimentar.
O poder das histórias e brincadeiras para ensinar a lidar com desafios
Personagens inexistentes em livros ou contos, muitas vezes, falam de sentimentos reais. Uma história da plataforma Dormir com Historinhas narra a saga de um coelhinho que morre de medo da chuva. Ao longo da narrativa, ele aprende a pedir ajuda e descobre que, mesmo assustado, pode se divertir com seus amigos, inspirando quem ouve a pensar sobre o próprio medo.
A narrativa serve de espelho e ponte para que crianças “ensaiem” atitudes de superação, sem que a dor seja realmente delas.
- Enredos em que personagens caem, erram e se reerguem brindam a criança com o exemplo de que ninguém está sozinho.
- Brincadeiras como “fazer de conta” permitem simular medos, ensaiar estratégias de enfrentamento e ampliar a criatividade.
- Músicas, desenhos e dramatizações também canalizam emoções e proporcionam sensação de domínio do que antes era desconhecido.

Dormir com Historinhas oferece essas possibilidades. Ao unir narração, afeto e situações cotidianas, o momento da história vira laboratório de emoções, diálogo e desenvolvimento de competências socioemocionais.
Superação e adaptabilidade em contextos de vulnerabilidade
Nenhum texto sobre resiliência estaria completo sem considerar a realidade de milhares de famílias brasileiras que enfrentam, diariamente, situações de vulnerabilidade social. Políticas públicas robustas são fundamentais, como apontam pesquisas da UFABC e dados do IBGE, principalmente após a redução da frequência escolar e do aumento do abandono provocado pela pandemia.
Manter as crianças na escola, apoiar vínculos comunitários, reconhecer as histórias de superação do próprio território e criar rotinas seguras são passos importantes para que nenhuma infância fique para trás.
- Projetos sociais e familiares que usam histórias e brincadeiras em contextos de vulnerabilidade promovem esperança e exemplos práticos de superação.
- Mesmo diante de grandes desafios, crianças conseguem, com apoio, desenvolver recursos para enfrentar dificuldades, formando uma personalidade mais adaptável e confiante.
A escola como espaço de aprendizado emocional
A escola não ensina apenas a leitura e a escrita, mas é palco de conflitos, amizades, fracassos e pequenas vitórias diárias. Estatísticas do IBGE mostram variações no abandono escolar, especialmente no Fundamental, reforçando a necessidade do olhar cuidadoso dos adultos para o contexto emocional dos estudantes.
Quando professores trabalham narrativas, jogos e atividades lúdicas para discutir sentimentos, há maior engajamento, segurança e, claro, resiliência nos grupos infantis.

Autonomia, confiança e adaptação: o legado de quem aprende a superar
Resiliência não é sinônimo de não sentir dor. Pelo contrário! Crianças resilientes sentem tudo: o tombo, a decepção, o não, o medo. A diferença está em aprender que podem “sobreviver” ao turbilhão, encontrar apoio, pedir ajuda e, pouco a pouco, descobrir a sua própria força.
Essa habilidade, cultivada pela família, narrativas, brincadeiras e apoio escolar, se transforma em autonomia, autoestima e, no futuro, na capacidade de se adaptar a qualquer desafio da vida adulta.
É um processo, cheio de altos e baixos, idas e vindas. O mais bonito é saber que sempre é tempo de recomeçar, e que cada infância pode ser recheada de histórias verdadeiramente mágicas de superação.
Conclusão
Ensinar a superar não é garantir ausência de tristeza, nem tentar blindar do mundo. É, sim, formar adultos capazes de recomeçar, reinventar-se e apoiar outros, perpetuando aquilo que aprenderam com afeto e presença.
Historinhas, como as criadas e cuidadosamente selecionadas pelo Dormir com Historinhas, fazem parte do segredo: apresentam desafios, acolhem sentimentos e inspiram superação, tanto para quem conta quanto para quem ouve.
Cultivar resiliência é semear esperança em cada novo dia.
Conhecer melhor o Dormir com Historinhas e usar suas histórias é um convite para construir infâncias mais leves, esclarecidas e poderosas diante das dificuldades. Descubra, compartilhe e permita que cada momento seja oportunidade de aprendizado e conexão.
Perguntas frequentes
O que é resiliência infantil?
Resiliência infantil é a capacidade da criança de lidar com situações adversas, aprender com as dificuldades e transformar desafios em crescimento. Isso envolve atravessar frustrações, perdas e mudanças de rotina com apoio emocional, autoconhecimento e construção de estratégias próprias para dar a volta por cima.
Como ensinar resiliência para crianças?
Ensina-se resiliência por meio do exemplo, da escuta ativa e da criação de ambientes seguros para errar e tentar de novo. Pais e cuidadores devem acolher emoções, valorizar o esforço, dialogar sobre sentimentos e incentivar a busca por soluções diante dos desafios. Narrativas, como as do Dormir com Historinhas, servem de ponte para reflexão e identificação emocional.
Quais atividades desenvolvem resiliência nas crianças?
Atividades que estimulam superação de pequenas frustrações, trabalhos em grupo, jogos cooperativos, dramatizações e leitura de histórias desenvolvem resiliência. Técnicas simples de respiração, desenhos das emoções, criação de diários e brincadeiras de faz de conta também ajudam a consolidar a capacidade de adaptação.
Por que a resiliência é importante na infância?
A infância é cheia de descobertas e desafios. A criança que aprende a lidar criticamente com sentimentos difíceis torna-se mais confiante, independente e apta a enfrentar situações novas no futuro. A presença da resiliência está ligada à prevenção de sofrimentos maiores e ao desenvolvimento de autonomia e saúde mental.
Como identificar falta de resiliência em crianças?
Alguns sinais podem indicar dificuldades em superar adversidades, como evitar situações desafiadoras, desânimo frequente após pequenos erros, não querer tentar novamente, baixa autoestima e dificuldade em falar sobre sentimentos. O acompanhamento próximo da família e de profissionais pode ajudar a identificar e fortalecer essa habilidade fundamental.
