Criança deitada na cama com expressão serena, ambiente acolhedor com luz suave e elementos calmantes ao redor

Se você é mãe, pai ou cuidador, talvez já notou mudanças nos comportamentos das crianças nos últimos anos, especialmente após os impactos da pandemia. Não é impressão: pesquisas mostram um aumento significativo de quadros de preocupação, tensão e outros sintomas emocionais entre os pequenos. Mas não é preciso pânico. Nem toda ansiedade é sinal de problema. Sentir medo ou insegurança diante do novo faz parte do desenvolvimento. O que precisa de atenção é quando isso começa a limitar a rotina, a escola, ou a convivência com amigos e familiares.

Detectar sinais cedo faz toda diferença. Por isso, escrevo este artigo – para ajudar você a identificar manifestações de preocupação exagerada na infância, entender causas e principalmente saber como agir no ambiente doméstico, de forma prática e acolhedora. Vou trazer informações recentes, formas de apoio e mostrar recursos como Dormir com Historinhas, que transformam o cotidiano e o sono dos pequenos.

O que é ansiedade infantil?

Quando eu penso em ansiedade nas crianças, gosto de lembrar: ela não é apenas uma “preocupação de adulto em miniatura”. Não. Nos pequenos, as manifestações são bem diferentes e mudam conforme a idade.

Segundo dados da Revista Brasileira de Psiquiatria, ao menos 4% a 20% das crianças apresentam sintomas relevantes. Isso envolve desde um medo intenso na hora de dormir até vontade de evitar a escola, passando por inúmeras outras situações.

  • Bebês (0-2 anos): costumam apresentar irritabilidade, choros frequentes sem motivo físico claro, apego excessivo à figura principal.
  • Pré-escolares (2-4 anos): pesadelos, dificuldades de separação, medo intenso de barulhos ou pessoas diferentes.
  • Idade escolar (4-8 anos): podem surgir queixas no corpo, preocupação extrema com desempenho, resistência para socializar.

O que eu vejo na prática: a ansiedade às vezes se camufla. Por isso, conhecer sinais típicos é caminho importante para acolher nossos filhos.

Os 5 principais sinais de ansiedade infantil

1. Mudanças no sono

Entre os sinais mais comuns que eu percebo, estão as alterações na hora de dormir.

  • Dificuldade para adormecer, com pensamentos agitados.
  • Pesadelos que se repetem.
  • Acordar diversas vezes durante a noite, chamando os pais ou demonstrando medo.

Incluo aqui um ponto especial: histórias relaxantes criam um ambiente seguro, facilitando o sono e reduzindo tensões. Experimente trazê-las, como fazemos no Dormir com Historinhas. Um ritual de acalmar o corpo e a mente faz diferença real.

2. Queixas físicas recorrentes

Ansiedade em crianças muitas vezes aparece no corpo antes de aparecer em palavras:

  • Dores de barriga às vésperas de atividades importantes.
  • Dores de cabeça frequentes.
  • Náuseas sem causa médica comprovada.
  • Tensão muscular, roer unhas, arrancar fios de cabelo.

3. Preocupações excessivas

Se eu tivesse que resumir em uma frase, diria: “preocupação que foge do normal e parece não ter fim”. Exemplos incluem:

  • Medos que parecem desproporcionais.
  • Perguntas do tipo “e se?” de forma repetitiva.
  • Busca exagerada por perfeição, medo intenso de errar.

4. Alterações comportamentais

  • Irritabilidade acima do que era habitual.
  • Birras mais frequentes e intensas.
  • Apego excessivo aos pais.
  • Reaparecimento de comportamentos já superados (como voltar a querer dormir com os pais ou fazer xixi na cama).

5. Evitação social

  • Recusa de ir à escola ou outras atividades coletivas.
  • Tendência ao isolamento, evitando colegas e familiares.
  • Medo de situações novas ou de separação dos cuidadores principais.
Criança abraçando um ursinho de pelúcia em um quarto com luz suave.

Causas comuns da ansiedade infantil

As causas são muitas, e raramente estão restritas a um único aspecto. Eu costumo olhar sempre para:

  • Fatores genéticos: pais mais preocupados tendem a passar isso inconscientemente.
  • Ambiente familiar: ambientes tensos, sem diálogo ou marcados por conflitos impactam diretamente os pequenos, como evidenciado em estudos sobre funcionamento familiar.
  • Experiências traumáticas: mudanças bruscas, lutos, separações, acidentes.
  • Pressão escolar/social: exigências exageradas por notas ou aceitação dos colegas.
  • Uso excessivo de telas: exposição prolongada a conteúdos ansiosos ou violentos.

Não é fácil identificar o ponto exato, mas entender o contexto todo costuma ajudar.

Como ajudar seu filho ansioso em casa

Validação emocional

O primeiro passo, acredito, é garantir que a criança se sinta compreendida.

  • Use escuta ativa: abaixe-se, olhe nos olhos, repita o que ela disse.
  • Frases que ajudam: “Eu entendo que você está com medo”, “Estou aqui com você”, “Seu sentimento faz sentido”.
  • Evite dizer: “Isso não é nada”, “Pare de besteira”, “Você está querendo chamar atenção”.

Validar não é concordar, mas é mostrar para a criança que ela não está sozinha no que sente.

Criando rotinas previsíveis

Ter previsibilidade reduz inseguranças. Em casa, vale investir em:

  • Horários marcados para refeições, banho, brincadeiras e sono.
  • Calendário visual com os principais compromissos da semana.
  • Rotina noturna consistente – a famosa “hora da história” pode ser um excelente ponto de ancoragem antes do sono.

Há posts aprofundando sobre a construção de autonomia e rotina lá em autonomia.

Técnicas de respiração e relaxamento

Respirar fundo acalma de verdade.
  • Respiração do balão: imagine um balão se enchendo ao inspirar, esvaziando ao soltar o ar.
  • Técnica 4-7-8: inspire por 4 segundos, segure 7 segundos, solte em 8.
  • Relaxamento muscular progressivo: contrai e relaxa pernas, braços, barriga.
  • Mindfulness: observe sons, cheiros, texturas ao redor durante 2-3 minutos.

Meditação guiada antes de dormir

No Dormir com Historinhas, venho percebendo como a meditação adaptada para crianças realmente faz diferença. Os benefícios são muitos:

  • Redução de sintomas ansiosos noturnos.
  • Mais facilidade para adormecer.
  • Desenvolvimento de autocontrole emocional.

Recomendo sessões curtas, de 5 a 10 minutos para pré-escolares, até 20 minutos para os maiores. Indico acessar as opções de meditação guiada disponíveis direto no app para testar com seu filho.

Histórias como ferramenta terapêutica

Por que histórias acalmam crianças ansiosas

O poder da narrativa é real: crianças processam emoções, aprendem a nomeá-las e encontram estratégias de enfrentamento por meio dos personagens.

  • Ouvir histórias relaxantes reduz a ativação do sistema de alerta no cérebro infantil.
  • Crianças se espelham nos personagens que superam desafios e medos.
  • Elas desenvolvem empatia, aprendem com exemplos e sentem segurança na repetição dos rituais.

Falo mais sobre isso nos assuntos de inteligência emocional.

Histórias recomendadas para ansiedade

Dentro do catálogo do Dormir com Historinhas, destaco algumas narrativas especialmente pensadas para crianças ansiosas:

  • “O Leão que Aprendeu a Respirar” (supere o medo usando técnicas de respiração)
  • “Lua Sem Medo no Quartinho Escuro”
  • “O Barquinho da Coragem”
  • “A Mala das Emoções”
  • “O Tapete Mágico do Sono”
  • “Vento Levou a Preocupação”
  • “Floquinho Aprende a Esperar”

Ao selecionar uma história, pense sempre no tema que mais conversa com a situação do seu filho. Você pode visitar a categoria de cotidiano infantil ou ir direto à seção “Ansiedade” dentro do app.

Criando um ritual noturno anti-ansiedade

  1. Banho morno por volta das 20h.
  2. Pijama confortável, que a criança gosta.
  3. Luzes suaves no quarto.
  4. História tranquila (idealmente de 15 a 20 minutos).
  5. Conversa curta sobre como foi o dia.
  6. Praticar uma técnica de respiração juntos (em 5 minutos).
  7. Hora de dormir.
Quarto infantil com luz suave, criança de pijama ouvindo história.

Atividades diurnas que reduzem ansiedade

  • Exercícios físicos moderados, como bola, corrida leve, danças.
  • Atividades artísticas (desenhar, pintar, massinha).
  • Tempo ao ar livre, contato com natureza.
  • Brincadeiras sensoriais: areia, água, texturas variadas.
  • Redução do consumo de açúcar e cafeína na alimentação.

Quando buscar ajuda profissional

  • Quando os sintomas trazem prejuízos para escola, amizades ou convivência familiar.
  • Se duram mais de quatro semanas seguidas.
  • Quando há sofrimento intenso ou ideias repetidas de perigo sem justificativa.

Psicólogos e psiquiatras infantis são os mais indicados, reforça o Jornal de Pediatria. Mas sempre vale conversar com pediatras ou outros profissionais do cuidado, caso reste dúvida.

Estratégias para momentos de crise

  • Kit calmante com objetos de toque (ursinhos, mantas macias, cheiros conhecidos).
  • Criar um espaço seguro no quarto, com almofadas e luz baixa.
  • Grounding: nomear objetos e cores no ambiente, inspirar e expirar lentamente.
  • Permitir que a criança fique com um objeto de conforto querido.

Mais sobre estratégias práticas pode ser encontrado em um dos exemplos práticos em nosso blog.

O papel da família no manejo da ansiedade

  • Seja exemplo: crianças observam (e absorvem) como adultos lidam com suas próprias preocupações.
  • Procure cuidar da ansiedade dos adultos para não transbordar nos pequenos.
  • Mantenha comunicação aberta entre todos que convivem com a criança.
  • Paciência e constância são os maiores presentes para filhos ansiosos.

Inclusive, já escrevi sobre como cultivar valores e autocontrole nesse outro artigo.

Conclusão

Chegando ao fim desta conversa, quero dizer que lidar com preocupação aumentada na infância é uma jornada, não um sprint. Algumas semanas podem ser mais desafiadoras, outras muito tranquilas.

Você não está sozinho(a).

Criando rituais, usando narrativas, cuidando da rotina e validando sentimentos, é possível amenizar sintomas e criar um ambiente mais seguro. O Dormir com Historinhas está disponível para apoiar famílias nesta tarefa, trazendo ferramentas e histórias pensadas para o desenvolvimento emocional dos pequenos.

Que tal começar hoje mesmo um novo ritual do sono? Descubra histórias que trabalham medos, ansiedade e coragem, e ajude seu filho a construir mais autoconfiança, dia após dia.

Perguntas frequentes

O que é ansiedade infantil?

Ansiedade infantil corresponde a um conjunto de reações emocionais e físicas de medo, tensão ou preocupação que podem surgir em diferentes momentos da infância e se manifestam, frequentemente, por meio de sintomas como alterações no sono, queixas físicas e comportamentos regressivos.

Quais são os principais sinais em crianças?

Os sinais mais frequentes incluem mudanças no sono (dificuldade para dormir, pesadelos), queixas físicas sem causa clínica (dores de barriga ou cabeça), preocupações exageradas, irritabilidade, apego intenso, recusa em participar de atividades sociais e comportamentos regressivos.

Como ajudar meu filho com ansiedade em casa?

Mantenha rotina previsível, validação das emoções, use técnicas de respiração, promova atividades lúdicas ao ar livre e crie um ritual noturno relaxante contando histórias adequadas à idade. Recursos disponíveis no Dormir com Historinhas e em outras fontes de qualidade podem ser grandes aliados nesse processo.

Quando devo procurar ajuda profissional?

Procure avaliação de profissionais especializados quando os sintomas estiverem intensos, longos (mais de 4 semanas) ou causem prejuízo evidente nas relações sociais, escolares ou familiares.

Ansiedade infantil tem cura?

A ansiedade, em geral, pode ser controlada e atenuada com estratégia psicológica, apoio familiar e construção de novas habilidades emocionais. Na imensa maioria dos casos, sim: o quadro melhora muito ou desaparece, principalmente quando há intervenção precoce e apoio consistente.

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Sobre o Autor

Dormir com Historinhas

O Dormir com Historinhas é uma plataforma digital de histórias infantis para promover educação, conexão familiar e desenvolvimento emocional através da narrativa lida.

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